MATERNIDADE ESTELAR É OBSERVADA POR ASTRÔNOMOS




Para estudar o processo de formação de estrelas atualmente, os astrônomos contam com grandes e sofisticados instrumentos. Um deles é a chamada OmegaCAM instalada no telescópio de rastreio do VLT do ESO. A OmegaCAM é constituída de 32 sensores CCD individuais, arranjados num mosaico, o que faz com que ela tenha uma resolução de 256 milhões de pixels, só por comparação a Advanced Camera for Surveys do Hubble tem resolução de 16 milhões de pixels. Com essa poderosa câmera os astrônomos do ESO apontaram a OmegaCAM para um berçário estelar conhecido como Sharpless 29. 

Essa maternidade de estrelas é também conhecida como Sh 2-29, localiza-se a 5500 anos-luz de distância da Terra, na constelação do Sagitário, perto da Nebulosa da Lagoa. A região central da Sharpless 29 tem poucos anos-luz de dimensão, mas apresenta bem a devastação causada por estrelas quentes e jovens no seu interior. As estrelas ali não tem mais de 2 milhões de anos de vida e lançam intensas correntes de radiação de alta energia. As cavidades observadas são formadas pelos poderosos ventos estelares que erodem e esculpem o local de nascimento das estrelas. 

Essa região é tão interessante de ser estudada que podemos identificar regiões de reflexão, emissão e também absorção. Com todas essas ocorrências, a Sharpless 29 é o lugar ideal para os astrônomos estudarem as propriedades físicas do processo de formação de estrelas massivas.

Essas estrelas massivas possuem uma vida relativamente curta, morrem novas, terminando a vida como supernovas. Desse modo, dentro de dezenas de milhões de anos, todo esse material observado nas belas imagens da OmegaCAM terá sido varrido, e o que restará serão alguns aglomerados abertos de estrelas, onde estrelas como o Sol costumam nascer.

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